domingo, 19 de abril de 2009

As infecções pelo vírus herpes simplex

As infecções pelo vírus herpes simplex (HSV) são bastante contagiosas e frequentes.
Este vírus pode-se apresentar pela estirpe HSV-1 e HSV-2.
O tipo 1 manifesta-se geralmente com lesões na face, mucosas da boca, olhos (queratite) e cérebro (encefalite).
No tipo 2 as lesões são nos órgãos genitais, sendo transmitida, na maioria dos casos, sexualmente.

O vírus pode estar adormecido no local, e manifestar-se após uma situação de grande stress, excessiva exposição ao sol, febre, toma de alguns medicamentos, na menstruação, infecção nas vias respiratórias superiores ou se houver diminuição do mecanismo de defesa do organismo. O período de tempo para surgir nova manifestação é variável.

Doentes com o sistema de defesa diminuído, a infecção pode espalhar-se pelo corpo ou outros órgãos.

Sinais e sintomas:
Após o contacto com o vírus, o aparecimento das primeiras manifestações surge por volta do 14º dia. Os sinais e sintomas abaixo descritos podem estar ou não presentes na totalidade, dependem da intensidade da infecção e da capacidade de resposta do organismo ao vírus.

O HSV-1 pode provocar na fase inicial comichão (prurido), formigueiro e/ou ardor. Passado algumas horas, surgem as bolhas (vesículas) com maior frequência nos lábios ou nariz.
Se for no olho provoca inflamação da córnea, lágrimas e grande sensibilidade à claridade e luz solar.
Nas gengivas (gengivoestomatite) pode surgir febre alta (hipertermia), várias feridas na mucosa da boca, língua e faringe, infecção nas gengivas e aumento dos gânglios do pescoço.

O HSV-2 surge na vagina, colo do útero, uretra, pénis e ânus. As lesões são dolorosas e na maioria dos casos abrem gretas, de seguida há formação de crosta e curam em 10 dias. Pode haver dor ao urinar e dejectar.
A infecção do feto pode ocorrer durante a gravidez ou no parto. Em grávidas com infecção por HSV-2 genital deve ser considerado a possibilidade de cesariana.
Pode provocar febre, mal-estar ou desconforto, se a pessoa tiver sintomas em locais diferentes do sítio do herpes (sintomas sistémicos).

Mecanismo de transmissão:
O primeiro contacto com o vírus HSV-1 é feito, na maioria das pessoas, em criança directamente de pessoa para pessoa (beijo). São poucos os casos por contacto com objectos contaminados.
O principal meio de contágio do HSV-2 é o sexual, sendo mais frequente nos adultos.

Diagnóstico:
O médico pode fazer o diagnóstico através da observação da lesão. Em situações de dúvida pode ser feita colheita do exsudado da lesão (zaragatoa) e enviado ao laboratório para se confirmar o tipo de vírus.
Se houver suspeita de haver outros órgãos atingidos, pode ser pedido exame de histologia para verificar se as células desses órgãos foram atingidas. Podem ser feitas análises ao sangue para avaliar o grau de infecção.

Prevenção:
Deve ser evitado o contacto com lesões visíveis. Deve tentar determinar os factores desencadeantes de recidivas. Se a exposição solar é um factor desencadeante, deve usar protector solar. Mulheres com herpes genital devem realizar cesariana.

Tratamento:
Não existe tratamento eficaz para evitar novas crises.
Se a pessoa não tem diminuição no sistema imunitário, as lesões são de pequena extensão e é apenas aplicado um creme ou penso próprio no local.
Em situações em que há envolvimento de órgãos ou em doentes com diminuição do mecanismo de defesa (imunodeprimidos), o doente é internado e administrada a medicação através das veias.
Recebido por E-mail ( Conhecer Saúde)

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